Jornal A Verdade

Decretado em Laguna “Estado de Emergência”

O prefeito Célio Antônio se reuniu na tarde de quarta-feira, (12), com a defesa civil, secretaria de obras, polícia militar, corpo de bombeiros e secretaria de assistência social para decretar o estado de emergência no município.

Até quarta-feira à chuva não deu trégua e a cidade passou a sofrer as conseqüências do tempo instável. Durante a madrugada de quarta-feira, os ventos chegaram a 110 Km/h. A Defesa Civil do município atendeu as comunidades atingidas desde as duas horas da manhã, trabalhando nos locais mais afetados. A situação gerou diversos pontos críticos em Laguna, as comunidades mais atingidas foram; Perrixil, Nova Fazenda e Farol da Santa Marta. Em Perrixil 8 famílias ficaram desalojadas e 20 casas destelhadas (as famílias foram relocadas para casas de familiares e vizinhos). Perrixil e Caputera ficaram sem energia elétrica. Em Nova Fazenda, inúmeros pontos de alagamentos onde a água invadiu diversas casas. No Distrito de Ribeirão Pequeno, pontos de deslizamentos. A estrada de acesso ficou em estado precário, com dificuldade de trânsito para ônibus. Já na Região da Ilha (Farol de Santa Marta, Passagem da Barra, Ponta da Barra, Campos Verdes, Cigana, Canto da Lagoa e praias), o acesso ficou completamente interditado para ônibus, veículos pesados e carros pequenos. No Farol de Santa Marta, detectaram-se pontos de deslizamentos, três casas corriam riscos de desabamento, por conta de deslizamentos no morro (os moradores já haviam se deslocado). A estrada ficou interditada. No Laguna Internacional, a avenida Castelo Branco também foi interditada. A Secretaria de Obras foi para o local, realizando trabalhos para escoamento de água da avenida. Houve também diversos Pontos de alagamentos na região central da cidade, no Bairro Vila Vitória, Progresso, Portinho, Magalhães, Esperança, Malvina, Casqueiro, Mar Grosso, Bentos, Barranceira, Barbacena e região do Molhes (avenida São Joaquim). Até o fechamento desta edição, não havia sido calculado o prejuízo, e não se soube ao certo, quantas famílias ficaram desabrigadas.

Comunidade da Madre na cidade de Laguna foi invadida pelo rio Tubarão

Ônibus não conseguia mais chegar até a comunidade de Ribeirão Pequeno. O acesso ficou interditado e havia pontos de deslizamentos. A estrada da Madre foi invadida pelas águas do rio Tubarão, ficou completamente ilhada. Os agricultores da comunidade retiraram os gados colocando em pontos mais altos. Carros ainda conseguiam trafegar pelo distrito de Ribeirão, mas os moradores ficaram em alerta para possíveis deslizes. A situação foi verificada no final da tarde de quarta-feira. A central de atendimentos da defesa civil concentrou-se na Secretaria de Assistência Social do Município.

Chuva causou alagamentos e destruição em toda Região Sul de Santa Catarina

Laguna
Em Laguna, mais de 10 famílias ficaram desabrigadas no bairro Perrixil. A chuva forte destelhou casas e arrancou árvores. A associação do bairro alojou as famílias em casas de vizinhos e parentes. Segundo a Defesa Civil, quase todo o município foi atingido pelos fortes ventos e chuva ocorridos na madrugada de quarta-feira. As aulas foram suspensas por medida de segurança.

Tubarão 
A situação também ficou complicada em Tubarão, onde choveu forte deste as 22h de terça-feira. Segundo o coordenador da Defesa Civil, José Luiz Tancredo, a parte baixa da cidade ficou completamente alagada. Cerca de 25 famílias foram deslocadas de áreas alagadas e outras dez foram retiradas de locais onde ocorreram deslizamentos de terra. Os bairros mais prejudicados foram, Monte Castelo, São Martinho, Oficinas, Santo Antônio de Pádua, Congonhas e Bom Pastor. Em algumas destas localidades, escolas tiveram de cancelar as aulas e condomínios inteiros ficaram ilhados. A Unisul também cancelou suas aulas na quarta-feira. O rio Tubarão atingiu cerca de 5,7 metros acima do nível, mas não transbordou.

Imbituba

Imbituba foi mais uma cidade na região a declarar situação de emergência devido as fortes chuvas que caíram nos últimos dias. O anúncio foi feito no início da noite de quarta-feira pelo prefeito José Roberto Martins. Durante a reunião, o prefeito Beto Martins definiu, juntamente com uma comissão, ações para serem desenvolvidas como; a criação de uma previsão orçamentária especificamente destinada a Defesa Civil no valor de R$ 100 mil anuais para atendimento emergencial. Foram muitos casos de alagamento, destelhamentos e casas descobertas, principalmente, nos bairros de Paes Leme, Vila Nova e Alvorada e os bairros que compõe a região norte do município.

Imaruí 
A prefeitura de Imaruí registrou 1,5 mil casas destelhadas na cidade. O telhado do ginásio municipal e da maior escola da cidade, Pedro Bittencourt, desabou. Árvores caíram por toda a cidade. O município ficou sem telefone e metade da população ficou sem energia.